domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quaresma

Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: "Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!" (2 Cor 5, 20); "exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, "voltamos ao pó" que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: "És pó, e ao pó tu hás de tornar". (Gênesis 2, 19)

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola ('remédios contra o pecado'). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: "Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal".

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de "rever a vida" e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: "Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca".

Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma.

Santo Agostinho dizia que "o pecador não suporta nem a si mesmo", e que "os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria". A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, a Quaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus.

Para isso podemos fazer uma confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: "a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados". Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Jesus quis que nos confessemos com o sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias.

Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros.

Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua "lembrança", mas a sua "presentificação"; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, "torna-se presente a nossa redenção".

Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor.

Texto:   Felipe Aquino

Pe. Carlos Danilo toma posse na Paróquia de Betânia


A comunidade de Betânia do Piauí acolheu com muita alegria a chegada do Pe. Carlos Danilo de Araújo Santos, que na última sexta-feira, 9 de setembro, tomou posse como primeiro pároco da recém-criada Paróquia São José, instalada na mesma oportunidade de sua posse.

Pe. Danilo foi recebido com muita festa pelas comunidades que o esperavam entrada da cidade, em um gesto simbólico de boas-vindas recebeu das mãos do prefeito José Filho as chaves da cidade, em seguida todos saíram em caminhada até a Igreja São José, onde outra multidão de fiéis aguardava o novo pároco do município.

Na oportunidade dom Plínio José, Bispo Diocesano de Picos, apresentou o Pe. Carlos Danilo à comunidade e em seguida o entregou às chaves da Igreja. Durante a Santa Missa houve a leitura do Decreto de Criação da Paróquia São José, que delimita a sua área de abrangência, desmembrando-a da Paróquia Nossa Senhora dos Humildes, com sede em Paulistana. Logo após foi lida a Provisão de Pároco, em seguida o Pe. Danilo fez a sua Profissão de Fé.

Durante a homilia dom Plínio José ressaltou que a dimensão da Igreja está bem além das estruturas físicas, sendo verdadeiramente formada pelas suas forças vivas, que são as comunidades, grupos, pastorais e movimentos, destacou a importância dos fiéis celebrarem os sacramentos da iniciação cristã, da reconciliação e do matrimônio, e também a importância do padre estar atento às necessidades de seu povo.

Em seguida o Pe. Carlos Danilo realizou a renovação dos votos que foram feitos no dia da ordenação presbiteral, seguido do Juramento de Fidelidade com a mão sobre a Bíblia Sagrada, logo após foi convidado a adentrar a Matriz de São José, incensando o Confessionário, a Pia Batismal e o Sacrário.

Durante o seu primeiro discurso ao povo de Betânia, o Pe. Carlos Danilo ressaltou que deseja fazer parte da família de cada um, caminhar junto com os paroquianos de São José para que a paróquia se edifique de todas as maneiras. Elogiou a firmeza na caminhada daquela Igreja, destacando o bom funcionamento de todas as pastorais e grupos já existentes, e anunciou a breve criação da Pastoral da Comunicação, que assessora em nível diocesano, e da Pastoral da Pessoa Idosa, cuja criação está marcada para os dias 17 e 18 de setembro. Também anunciou que até o final deste mês deseja conhecer pessoalmente todas as comunidades da paróquia, tornando-se mais próximo do seu povo.

Participaram da Instalação da Paróquia São José e Posse do Pe. Carlos Danilo os padres Flávio Santiago, Vigário Geral da Diocese e Pároco da Paróquia São Francisco de Assis, João Pereira, Vigário Judicial da Diocese, Feliciano Dias, da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, Sérgio Leal de Moura, Reitor do Seminário Propedêutico São José, José Mairton, da Paróquia Nossa Senhora dos Humildes, Francisco Pereira Borges, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Antonio Cristo, da Área Pastoral São Cristóvão, Francisco Feitosa, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Francisco de Assis, nomeado para a Paróquia Sant’Ana, e Paulo Sérgio, da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios em Santa Filomena-PE.
Fonte: pascom diocesana